Política monetária e a (não) neutralidade da moeda

Uma análise comparativa entre as visões Austríaca, Pós-Keynesiana, Novo-Clássica e Novo-Keynesiana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30800/mises.2021.v9.1387

Palavras-chave:

Escola Austríaca, Keynesianismo, Novos-clássicos, Moeda, Política Monetária

Resumo

O objetivo deste artigo é esclarecer a relação entre as diferentes visões das escolas Austríaca, Pós-Keynesiana, Novo-Clássica e Novo-Keynesiana sobre o impacto da moeda na economia e as recomendações de políticas monetárias.  O arcabouço teórico aborda estas quatro escolas e permite compreender suas percepções a respeito da neutralidade ou não neutralidade da moeda. As diferenças nas percepções estão ligadas às recomendações ou rejeições de interferências governamentais por meio de políticas monetárias. Apresentam-se estas percepções, comparando os efeitos da expansão monetária no longo prazo de acordo com cada escola. Discute-se a atuação do Banco Central como agente estimulador da economia de acordo com cada escola. Tratar a moeda como neutra ou não neutra não significa ter a mesma visão a respeito dos impactos que ela causa no sistema econômico. Cada escola tem suas hipóteses e um entendimento específico e diferenciado quanto às consequências da manipulação da moeda através de intervenções governamentais via políticas monetárias acomodatícias.  Uma visão clara sobre a moeda e seu papel é fundamental para se evitar políticas governamentais equivocadas que em certos momentos podem agravar ou criar mais problemas do que soluções. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com alcance explicativo fundamentada em levantamento bibliográfico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Bernardo Santana, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Mestrando em Economia (UFF); Pós-Graduando em Escola Austríaca de Economia (IMB); Pós-Graduado em Finanças (UFRJ/COPPEAD); Graduação em Economia (UFRJ).

Elaine Arantes, Instituto Federal do Paraná (IFPR), Colombo, Paraná, Brasil

Pós-doutorado em Ciências Aeroespaciais (UBI-Portugal); Doutorado e Mestrado em Administração (PUC/PR); Especialização e Bacharelado em Administração (FAE). Docente EAD e presencial do IFPR.

Referências

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Política monetária. Disponível em https://www.bcb.gov.br/controleinflacao. Acesso em 14/08/2020.

BLANCHARD, O. J. Why Does Money Affect Output? A Survey. In: FRIEDMAN, B. M. e HAHN, F. H. Handbook of Monetary Economics. New York: North-Holland, 1990.

BLAUG, M. História do pensamento econômico Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989.

CARVALHO, F. J.; SOUZA, F. E. P.; SICSÚ, J.; PAULA, L. F. R. STUDART, R. Economia Monetária e Financeira: Teoria e Política. Rio de Janeiro: Campus, 2000

CARVALHO, F. J. C. Mr. Keynes and the Post Keynesians. Aldershot: Elgar, 1992.

DAVIDSON, P. Money and the Real World. 2a Ed. Londres: Macmillan, 1978.

DAVIDSON, P. Rational Expectations: A Fallacious Foundation for Studying Crucial Decision-Making Processes. Journal of Post Keynesian Economics, Winter, (1982–3).

DAVIDSON, P. The Post Keynesian School. In: SNOWDON, B. e VANE, H.R, Modern Macroeconomics. Cheltenham: Edward Elgar, 2005a

DAVIDSON, P. Responses to Lavoie, King, and Dow on what Post Keynesianism is and who is a Post Keynesian. Journal of Post Keynesian Economics, vol. 27(3), p. 393-408, 2005b

DE SOTO, J. H. A Escola Austríaca: Mercado e atividade empresarial. 2ª Ed. São Paulo. Intituto Ludwig Von Mises. Brasil, 2010.

FERRARI FILHO, F. As propostas Keynesianas de reforma do sistema monetário internacional: em busca da neutralidade da moeda de conversibilidade internacional. Revista de Economia, v. 32 (2), ano 30, p. 7-20, 2006.

GORDON, R.J. Macroeconomics. 6a Ed., New York: Harper Collins, 1993.

HAYEK, F.A. Choice in Currency. Londres: Institute of Economic Affairs, 1976.

HOOVER, K.D. Two Types of Monetarism. Journal of Economic Literature. In: SNOWDON, B. e VANE, H.R, Modern Macroeconomics. Cheltenham: Edward Elgar, March,1984.

IORIO, Ubiratan Jorge. Ação, tempo e conhecimento: A Escola Austríaca de economia. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2ª Ed., 2011.

KEYNES, J. M. A monetary theory of production. Der Stand und die nächste Zukunft der Konjunkturforschung. Munich: Duncker & Humboldt, p. 123-25, 1933. Disponível em https://www.hetwebsite.net/het/texts/keynes/keynes1933mtp.htm. Acesso em 10/08/2020.

KEYNES, J. M. Treatise of Money, vol . 1 e 2. London: Macmillan, 1971.

KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Saraiva, 2012.

KYDLAND, F.E.; PRESCOTT, E.C. Rules Rather Than Discretion: The Inconsistency of Optimal Plans, Journal of Political Economy, June, 1977.

KIRZNER, I. M. Competição e atividade empresarial. São Paulo: Intituto Ludwig von Mises Brasil, 2012.

KRUGMAN, P. Its Baaack! Japan’s Slump and the Return of the Liquidity Trap. Brookings Papers on Economic Activity, 1998. Disponível em https://www.brookings.edu/wp-content/uploads/1998/06/1998b_bpea_krugman_dominquez_rogoff.pdf. Acesso em 14/08/2020.

LUCAS, R. E. Jr. Econometric Testing of the Natural Rate Hypothesis, In: ECKSTEIN, O. (Ed.), The Econometrics of Price Determination Conference, Washington Board of Governors: Federal Reserve System, 1972.

LUCAS, R. E. Jr. An Equilibrium Model of the Business Cycle. Journal of Political Economy. December, 1975.

LUCAS, R. E. Jr. Understanding Business Cycles, In: BRUNNER, K. e MELTZER A. H. (Eds), Stabilization of the Domestic and International Economy, Amsterdam e New York: North-Holland, 1977.

LUCAS, R. E. Jr; SARGENT, T.J. Rational Expectations and Econometric Practices. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1981.

MANKIW, N. G.; ROMER, D. New Keynesian Economics. Cambridge, MA: MIT Press, 1991.

MANKIW, N. G. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 3ª Ed., 1998.

MEADE, J. Stagflation, wage-fixing. London: George Allen & Unwin, 1982.

MISES, L. V. Ação Humana: Um Tratado de Economia. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 3ª Ed., 2010.

PHILLIPS, A. W. The relation between unemployment and the rate of change of money wage rates in the United Kingdom. Economica, v. 25, Issue 100. Disponível em https://doi.org/10.1111/j.1468-0335.1958.tb00003.x. Acesso em 05/08/2020.

POLLEIT, T. A falácia da (super) neutralidade da moeda. Instituto Mises Brasil, Economia, publicado em 06/11/2009. Disponível em https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=454. Acesso em 13/08/2020.

ROBINSON, J. The Second Crisis in Economic Theory. American Economic Review, May, 1972.

ROTHBARD, M. N. The Mystery of Banking. 2a Ed. Auburn, Alabama: Ludwig von Mises Institute, 2008.

ROTHBARD, M. N. America's Great Depression. 5ª Ed. Auburn: The Ludwig von Mises Institute, 2009.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de Pesquisa. 5a Ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

SARGENT, T.J. and WALLACE, N. Rational Expectations and the Theory of Economic Policy, Journal of Monetary Economics, April, 1976.

SNOWDON, B.; VANE, H. R. Modern Macroeconomics: Its Origins, Development and Current State, Cheltenahm, UK: Edward Elgar, 2005.

STIGLITZ, J. E. The Contribution of the New Economics of Information to Twentieth Century Economics. Quarterly Journal of Economics. November, 2000.

STIGLITZ, J. E. Information and Change in the Paradigm in Economics. American Economic Review, June, 2002.

TYMOIGNE, E. Expectations. The Elgar Companion to Post Keynesian Economics. Northampton, Edward Elgar, p. 135-141, 2003.

Downloads

Publicado

2021-04-13

Como Citar

1.
Santana B, Arantes E. Política monetária e a (não) neutralidade da moeda: Uma análise comparativa entre as visões Austríaca, Pós-Keynesiana, Novo-Clássica e Novo-Keynesiana. MisesJournal [Internet]. 13º de abril de 2021 [citado 3º de julho de 2024];9. Disponível em: https://revistamises.org.br/misesjournal/article/view/1387

Edição

Seção

IV Fórum Mackenzie de Liberdade Econômica