A Influência da Filosofia Escolástica na Formação do Pensamento Econômico

Autores

  • gabriel estruzani queiróz de melo Soraya Andressa Estruzani Queiróz de Melos

DOI:

https://doi.org/10.30800/mises.2019.v7.1111

Palavras-chave:

Escolástica, Pensamento Econômico, Universidade de Salamanca, Mercado, Usura

Resumo

O presente estudo buscou avaliar o papel que a escola de filosofia escolástica, tanto no seu apogeu quanto na fase tardia, teve para a formação de fundamentais conceitos que formam a base de qualquer pensamento econômico ulterior. Foram apresentadas considerações escolásticas acerca de auto regulação do mercado, comércio, preço justo, teoria do valor, concorrência, propriedade, inflação e valor do dinheiro no tempo. A universidade de Salamanca mereceu destaque, tanto por ser o berço das teorias da economia de mercado, quanto por tentar conciliar as ideias econômicas com as bases morais e históricas, de matriz judaico-cristãs, que sempre nortearam os pensadores escolásticos. Através de uma pesquisa bibliográfica e histórica, com base documental, tanto de fontes primárias quanto de estudos posteriores, o presenta
trabalho mostra as raízes escolásticas de escolas de pensamento econômico contemporâneas e a indissociabilidade dos conceitos por elas utilizados de seus autores originais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

AMADO, Adriana Moreira. Limites monetários ao crescimento: Keynes e a não-neutralidade da moeda. Ensaios FEE, v. 21, n. 1, 2000.

ANTISERI, Dario; REALE, Giovani. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2003.

AZPILCUETA, Martin de. Commentary on the resolution of money. Journal of market and morality, v. 7, n. 1, 2004.

BARBOSA, Camilo de Lelis Colani; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Compreendendo os novos limites à propriedade: uma análise do Artigo 1.228 do Código Civil Brasileiro. Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, n. 9, 2004.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1999.

CAMPOS, Roberto de Oliveira. Uma Interpretação Institucional das Leis Medievais da Usura. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, 1952. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/2387. Acesso em: 12 out 2018.

CARCANHOTO, Reinaldo Antônio. O valor, a riqueza e a teoria de Smith. Análise Econômica, Porto Alegre, v. 1, n. 15, mar/1991.

CARVALHO, Olavo Luiz Pimentel de. A escolástica: aula 15. São Paulo: É realizações, 2007.

CHAFUEN, Alejandro. Faith and Liberty: The Economic Thought of the Late Scholastics. Lanham, Md.: Lexington Books, 2003.

COPLESTON, Frederick. A history of philosophy: Medieval philosophy. New York: Doubleday, 1950.

CUSTÓDIO, Sueli Sampaio Damin. A organização política no século XIV segundo o “Tratado sobre a moeda” de Nicolas Oresme. Kriterion, v. 131, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2015n13113ssc

DEBONI, Giuliano. Propriedade privada: do caráter absoluto à função social e ambiental: sistemas jurídicos italiano e brasileiro. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2011.

FABRE, Raúl Gozález. Justicia em el mercado: La fundamentácion de la ética del mercado según Francisco de Vitória. Caracas: Publicaciones UCAB, 1998.

FEIJÓ, Ricardo. História do pensamento econômico. São Paulo: Atlas, 2001.

FRIEDMAN, Milton. Episódios da História Monetária. Rio de Janeiro: Record, 1992.

GARCIA, Manuel Enriquez.; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. Fundamentos de economia, São Paulo: Saraiva, 2004.

GRICE-HUTCHINSON, Marjorie. The school of Salamanca: readings in Spanish monetary theory, 1544-1605. Oxford: Orxford University Press, 1952.

GENNARI, Adilson Marques; OLIVEIRA, Roberson de. História do pensamento econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.

GREGG, Samuel. Ethics and the Market economy: insights from Catholic moral theology. Economic Affairs, v. 24, n. 2, 2004. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1468-0270.2004.00466.x

HUERTA DE SOTO, Jesús. Juan de Mariana y los escolásticos españoles. Dendra Médica Revista de Humanidades, [s. l.], v. 13, n. 1, 2013.

HUIZINGA, Johan. O declínio da idade média. Lisboa: Ulisséa, 1978.

IORIO, Ubiratan Jorge. Dos Protoaustrícos a Menger: Uma breve história das origens da escola austríaca de economia. São Paulo: LVM, 2017.

JONER, Henrique. A filosofia da economia e o monopólio na segunda escolástica. 2015. Dissertação (Mestrado em filosofia) – Unidade acadêmica de pesquisa e pós-graduação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2015.

LAURES, John. The political economy of Juan de Mariana. New York: Fordham University Press, 1928.

LE GOFF, Jacques. Os intelectuais da Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003.

LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: Ensaio de uma antropologia histórica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

LOPES, Luiz Martins; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. Manual de macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo: Atlas, 2008.

MACEDO, Paulo Emilio Vauthier Borges de. O mito de Francisco de Vitória: defensor dos direitos dos índios ou patriota espanhol?. Revista de Direito Internacional, v. 9, n. 1, 2012. DOI: https://doi.org/10.5102/rdi.v9i1.1602

MANKIW, Nicholas Gregory. Principles of macroeconomics. Boston: Cengage Learning, 2012.

MARX, Karl. História crítica da teoria da mais-valia. 18 de Brumário. Buenos Aires: Clacso Libros, 1974.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. O processo de produção do capital. São Paulo: Abril cultural, 1984.

MATIAS-PEREIRA, José. Custos da escassez no meio circulante do Brasil de moedas metálicas. Observatório de la econômica latino-americana, n. 123, 2010. Disponível em: http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/10/jmp.htm. Acesso em: 23 out 2018.

MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo liberal. In: WEFFORT, Francisco Correia. Os clássicos da política. Santos: Ática, 2001.

MENGER, Carl. Liberalismo: Princípios da economia política. São Paulo: Lebooks, 2017.

MISES, Ludwig Heinrich Edler Von. Ação humana: um tratado de economia. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2010.

MISES, Ludwig Heinrich Edler Von. Teoria e história: uma interpretação da evolução social e econômica. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2014.

MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg. A questão da complementariedade das funções da moeda: aspectos teóricos e a realidade das hiper-inflações. Ensaios FEE, v. 14, 1993.

OLIVEIRA, Gilson Batista de; SCOVILLE, Eduardo Henrique Martins López de. As contribuições e o pensamento de John Stuart Mill no campo de economia. Revista FAE, Curitiba, v. 17, n. 1, 2014.

PEREIRA, Gonçalo Baldaque Marinho Camposo. Responsabilidade Civil Médicos – Fatores de Risco. 2013.

Dissertação (Mestrado em gestão) – Faculdade de Economia e Gestão – Universidade Católica Portuguesa, Cidade do Porto, 2013.

PIMENTEL, Manoel Pedro. Crime de usura. Conferência de direito penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo. Conferências, 1974. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-8235.v70i0p313-326

PONDÉ, J. L. Nova Economia Institucional. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2007.

ROCHA, Márcio Mendes. Mobilidade forçada – a economia política dos deslocamentos humanos. Acta Scientiarum, v. 21, 1999.

ROBBINS, Lionel. An essay on the nature and significance of economic science. London: Macmillan and co., 1932.

ROBBINS, Lionel. A history of economic thought. New Jersey: Princeton University Press, 1998.

RODRIGUES, Domingos de Gouveia. Introdução à história do pensamento econômico (teoria econômica). Joinville: Clube dos autores, 2015.

ROOVER, Raymond de. Scholastic Economics: Survival and Lasting Influence from the Sixteenth Century to Adam Smith. The Quarterly Journal of Economics, v. 69, n. 2, 1955. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/1882146. Acesso em: 14 out 2018. DOI: https://doi.org/10.2307/1882146

ROTHBARD, Murray Newton. Economic thought before Adam Smith: An Austrian perspective on the history of economic thought. Aubum: Edward Elgar Publishing, 1995.

SABINE, George Hollan. Historia de la teoria politica. Ciudad de México: Fondo de cultura económica, 1945.

SÁNCHEZ-SERNA, Aracely del Socorro.; ARIAS BELLO, Martha Liliana. Concepción de valor y precio desde Aristóteles a los clásicos: una reflexión a la luz de las premisas de valoración de las Normas Internacionales de Información Financiera, NIIF. Cuadernos de Contabilidad, v. 13, n. 33, 2012. Disponível em: http://revistas.javeriana.edu.co/index.php/cuacont/article/view/4261. Acesso em: 12 out 2018.

SCHUMPETER, Joseph Alois. History of economic analysis. London: Allen & Unwin Publishers, 1954.

SOARES, Ricardo Maurício Feire. Reflexões sobre o jusnaturalismo: O direito natural como direito justo. Revista do Curso de Direito da UNIFACS, Salvador, v. 7, 2008.

THORTON, Mark. Cantillon on the cause of bussines cycle. The Quaterly Journal of Austrian Economics, v. 9, n. 3, 2006. DOI: https://doi.org/10.1007/s12113-006-1014-0

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil – Direitos reais. São Paulo: 1999.

VIEJO-XIMÉNEZ, José Miguel. Totus orbis, qui aliquo modo est uma república: Francisco de Vitoria, el derececho de genres y la expansión atlântica castellana. Revista de Estúdio Histórico-Jurícos, Valparaiso, n. 26, Sección História del Pensamiento Jurídico, 2004. DOI: https://doi.org/10.4067/S0716-54552004002600011

WOODS Jr., Thomas Ernest. How the catholic church built western civlization. Washington: Regnery Publishing, 2005.

Downloads

Publicado

2019-08-19

Como Citar

1.
de melo gabriel estruzani queiróz. A Influência da Filosofia Escolástica na Formação do Pensamento Econômico. MisesJournal [Internet]. 19º de agosto de 2019 [citado 3º de julho de 2024];7(2). Disponível em: https://revistamises.org.br/misesjournal/article/view/1111

Edição

Seção

Ensaios & Insights