Expansão Artificial do Crédito e Recessão: Uma Análise da Crise Brasileira de 2014-2016 à Luz da Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos
DOI:
https://doi.org/10.30800/mises.2025.v13.1586Palavras-chave:
Crise Econômica, Teoria Austríaca, Ciclo econômico, Inflação, JurosResumo
Este estudo analisa a crise econômica brasileira de 2014-2016 sob a ótica da Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos (TACE). Parte-se da hipótese de que a recessão decorreu da manipulação monetária e da expansão artificial do crédito. Utilizando abordagem histórico-empírica, são investigados indicadores como oferta monetária, crédito, taxa de juros, PIB, emprego e inflação. Os resultados apontam que, desde 2006, houve forte expansão do crédito e redução forçada dos juros, estimulando investimentos excessivos em bens de capital, como construção civil e indústria. A partir de 2014, a reversão dos juros expôs a insustentabilidade desses investimentos, levando à contração do PIB e ao aumento do desemprego. Conclui-se que a crise pode ser explicada pela TACE, destacando a importância dessa abordagem na compreensão de ciclos econômicos induzidos por políticas monetárias expansionistas.
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